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Sapatos e suas histórias

PADUKAS – ÍNDIA

Essa moda indiana pegou no Brasil. Vemos por aí várias rasteirinhas com o modelo inspirado em uma Paduka. Na Índia é o mais velho modelo de sapato conhecido. Eles não são mais do que uma sola com uma espécie de “maçaneta” situada entre os dois primeiros dedos do pé. A maçaneta poder ser feita de inúmeros materiais – desde madeira até marfim ou prata. Algumas pessoas usam uma versão do calçado feita especialmente para o masoquismo, que teria espinhos na maçaneta. A dor, depois de um tempo, faria com que o organismo liberasse substâncias relaxantes, que aumentariam o prazer sexual.

SAPATOS NUPCIAIS DE MADEIRA – FRANÇA

Eles surgiram no distrito de Ariege no século IX. Antes do casamento, o costume era que o noivo fizesse o sapato para sua futura esposa. Quanto mais alta era a ponta, maior era o amor dele por ela. Conta a lenda que as mulheres da vila foram seqüestradas por mouros. Os homens conseguiram resgatá-las e depois furaram os corações dos invasores com a ponta dos seus sapatos.

SAPATOS LÓTUS – CHINA

A tradição chinesa Han dura milhares de anos e diz que, para que uma mulher seja considerada bela, seus pés devem ser amarrados para parecerem pequenos. Como parte do seu dote, a mulher devia fazer vários sapatos à mão, para mostrar suas habilidades de costura, além de ter os pés pequenos.

KABKABS – LÍBANO

Esses chinelos altíssimos de madeira foram, na Idade Média, a solução que as mulheres encontraram de proteger seus pés e suas roupas da sujeira das ruas. Os calçados das mais ricas eram decorados com madrepérola ou prata. O nome, kabkab, como no caso do okobo, também é uma onomatopéia, que derivava do som dos calçados no chão de mármore dos palácios. Em ocasiões especiais, como em casamentos, os calçados eram inteiros decorados com prata e outros ornamentos – e eram especialmente usados para que as noivas, normalmente muito novas, parecessem mais altas. Socialmente, eles eram usados apenas por mulheres, mas em casas de banhos os homens também usavam modelos mais simples, sem nenhum enfeite.

CHOPINES – ITÁLIA

Hoje existem apenas alguns poucos exemplares de Chopines em museus – e se você analisar bem o sapato, não é difícil imaginar porque eles não fazem sucesso até hoje. Eles surgiram na renascença e, assim como outros sapatos da lista, sua altura vertiginosa serve para proteger os vestidos e os pés das moças. Eles eram muito caros e, com seus 18 centímetros de salto, faziam com que as mulheres mais ricas pudessem se destacar.

SAPATOS DE TRONCO – FINLÂNDIA

No meio do século XX, as mulheres finlandesas usavam esses sapatos feitos com casca de árvore diariamente, com tecidos enrolados nos pés que serviam como uma espécie de meia. Eles também eram usados, comumente, como uma capa para sapatos de couro, que protegiam o material mais frágil quando estava chovendo. Normalmente, eram feitos com a casca de bétula, mas tinham uma desvantagem: duravam apenas uma semana de uso contínuo.

SALTO ALTO PARA HOMENS – EUROPA

Em 1700 a moda disse que os homens deveriam ter pernas bonitas e fortes, que acompanhassem as calças curtas e bufantes e as meias justas. Então eles quiseram um sapato que os fizesse parecer mais atléticos ao mesmo tempo em que complementasse seu look – surgiram os saltos masculinos. Boa parte dessa moda foi difundida pelo rei Luis XIV, que, até hoje, dá nome à tendência.

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