A ginástica do sexo
Malhar, correr ou se alongar: qualquer esforço físico libera endorfinas, um grupo de hormônios que age como analgésico natural e afeta as emoções. São elas muito mais que o resultado no espelho ou os elogios que causam a sensação de bem-estar depois de uma aula de ginástica bacana.
Como tudo que é bom, as endorfinas são um tanto viciantes: é por isso que você volta para uma segunda aula de spinning depois de ficar dolorida na primeira. Depois de algumas doses regulares desses hormônios, o cérebro se acostuma com eles e passa a procurar mais. E, como observa a professora de educação física Samara Quiroz, da Academia Runner, de São Paulo, “o sexo não deixa de ser uma ginástica”. É por isso que, como regra geral, quem se exercita tem mais desejo sexual do que aquelas que ficam paradas.
Por conta da ação das endorfinas, as malhadoras têm a sensação de que deixaram os problemas na academia e ficam menos impacientes e ansiosas coisas que por si sós ajudam qualquer encontro romântico. Ao mesmo tempo, se exercitar também deixa você mais desperta. “Malhar à noite é uma dica para quem quer transar mais, mas se sente muito cansada no fim do dia”, sugere Samara. Acostumados como estamos à ideia de que sexo bom é sexo quente, que dura horas e tira a cama do lugar, vale lembrar da melhora que o maior fôlego conquistado nas atividades aeróbicas pode trazer. Pulmões e coração mais saudáveis se transformam em mais tempo de diversão, o que faz toda a diferença para casais que demoram um pouco mais para atingir o orgasmo.
Melhor condicionamento físico se traduz também em menos câimbras, permitindo sustentar posições mais prazerosas por mais tempo. Não que o sexo acrobático seja necessariamente mais gostoso. Mas uma panturrilha ou músculos das costas mais fortes dão a oportunidade de procurar sem desconforto o que é melhor para você e seu parceiro. Por mais impressionantes que pareçam as poses do Kama Sutra, elas não são as únicas que permitem ver estrelas.
Os exercícios aeróbicos também têm consequências diretas na atividade sexual. Um coração treinado faz com que o sangue circule melhor e chegue aonde tem que chegar — no caso, os tecidos da região genital, cuja irrigação apropriada é fundamental para a excitação sexual. Mulheres com vasos desobstruídos e aí fatores como alimentação e tabagismo também contam têm maior lubrificação e melhores condições de atingir o orgasmo. Nos homens, o melhor funcionamento do aparelho circulatório tem efeitos muito parecidos com o de drogas vasodilatadoras como o Viagra.
Por Rodrigo Rezende e Rodolfo Filho
Fonte:
http://boaforma.abril.com.br
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