A prática de encolher cabeças vem de tribos de diversos lugares, como o Amazonas, a África e ilhas isoladas no Pacífico em especial os Índios Jivaros. As cabeças encolhidas normalmente são dos inimigos, usadas como colares pelos guerreiros das tribos, ou como amuleto dos feiticeiros... Em algumas tribos as cabeças encolhidas são dos parentes para que continuem próximos... de certa forma.
Em 1921 a população Equatoriana era composta por um grande volume de índios, a grande maioria índios selvagens, conhecida popularmente por Jivaros. O próprio governo do Equador, os ignora, afinal eles vivem completamente isolados no meio da floresta. Os Jivaros possuem uma estatura média, corpo robusto, rosto redondo, e olhos negros. Os homens usam cabelos longos, vestem uma tanga e usam um estiletes de bambu atravessado nos lóbulos das orelhas. As mulheres tem cabelos longos, e usam um adorno no lábio inferior confeccionado de bronze. Ambos possuem lábios muito negros, em virtude de mascarem uma erva chamada Yanamuco.
Os índios Jivaros eram polígamos podendo cada um possuir de 5 a 8 esposas, onde a maioria era ganha pela morte de um inimigo.Se uma mulher é pega em adultério, todo o seu cabelo é raspado. Havendo reincidência, a mulher é presa ao chão por uma lança que lhe atravessa a carne, e ali permanece por vários dias, sendo alimentada e vigiada. Apesar do sofrimento, ela não chega a morrer. Se cometer adultério pela terceira vez, ela será executada. A mulher nunca chegar a cometer o adultério três vezes, como deu para perceber o modo pelo qual eles tratam deste assunto, depois do segundo castigo, elas se tornam fiéis definitivamente.
Em uma segunda variação do processo temos - O índio mata seu inimigo, corta sua cabeça, coloca-a num extrato vegetal de Yanamuco, que lhe da uma coloração negra e a conserva da ação do tempo. Reunido com os homens da tribo; ele retirado do crânio os os miolos, músculos, olhos, língua. Depois a cabeça é enchida com areia e seixos quente, que são substituídos diariamente em um processo que dura dias. Ambos processos fazem com que as células que compõem a parte óssea do crânio, se quebrem e e se contraiam a tal ponto de realmente diminuir o tamanho da cabeça.
Em alguns casos a crânio chega a diminuir 50 % de seu tamanho e curiosamente através da regulamentação da contração da pele, os traços fisionômicos se mantém quase que perfeitos. Todo o processo leva seis dias para ser concluído e, no último, é celebrado do final dos trabalhos com uma festa chamada Tzantza ou Tsantsa.
Analisando essas cabeças observa-se que os olhos e a boca eram costurados, o motivo desse ritual era que os índios Jivaros acreditavam que retirando a cabeça e realizando o cerimonial o espírito do inimigo não mais o encomodaria. Após o preparo das cabeças dos inimigos mortos começava a segunda parte do ritual que ocorria no espaço de um mês mais ou menos, aonde havia um festejo e uma dança cerimonial aonde aconteciam orgias e embriaguês, onde os Jívaros usavam as cabeças encolhidas no pescoço como colares,quanto mais cabeças o índio tivesse, mais respeitado ele era pela tribo. Após este festejo era possível comprar a cabeça do Jivaro.
As cabeças encolhidas podem ser vistas em alguns museus.