imagem: divulgação
Não há registros oficiais de quando essa tradição tão difundida no ocidente começou, mas muitos pesquisadores acreditam que essa tradição talvez tenha começado no Egito há mais de 4800 anos atrás. Na época, diferente do material utilizado atualmente (ouro) eram utilizados diferentes tipos de juncos que cresciam na região, eles eram torcidos e unidos para formar um círculo; forma geométrica que significa eternidade, um elemento sem começo nem fim. Com o tempo diferentes materiais foram utilizados para confeccionar as alianças; ouro, couro, mármore e até mesmo ossos foram utilizados, que garantiam maior durabilidade ao anel. Quanto mais valioso o material, maior era a representação de amor. O valor da peça representava também o quão rico era a pessoa que presenteava.
Tempos depois a tradição de trocar anéis chegou ao império romano, onde o simbolismo de eternidade e amor foi substituído pelo o de posse. O material utilizado para forja-las passou a ser o ferro que representava força e permanência e atendia pelo nome de Anulus Pronubus.Também há rumores que os romanos foram os primeiros a realizar gravações nas peças.
Foi à partir do ano de 860 que os cristãos começaram a utilizar os anéis em cerimônias matrimoniais, eram peças bem adornadas, em geral com figuras religiosas, pombas, lírios e oliveiras eram utilizados para enfeitar as pequenas peças em um trabalho impecável. Como a igreja católica às considerava obra pagã, anos depois deixaram de ser rebuscadas e voltaram a ser mais simples (lisa), passando a existir para consolidar a união do casal.
Por que utilizamos no dedo anular?
As alianças já foram utilizadas em diferentes dedos durante sua história, dedão, em ambas as mãos, dedo indicador, ficando de fora somente o mindinho. Hoje é comumente utilizado no anular, mais precisamente no quarto dedo da mão esquerda. Isso deve-se ao fato que os romanos acreditavam que ali passava uma veia que ia direto ao coração, chamada Vena Amoris, ou “veia do amor”, informação desmentida mais tarde por cientistas. Uma outra explicação para utilizarmos no dedo que usamos, vêm do catolicismo, onde durante a cerimônia o padre recitava as palavras “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” enquanto tocava as pontas dos dedos, e ao dizer “Amém”, o mesmo inseria a aliança no quarto dedo para finalizar o matrimônio. Uma última, seria de que o ouro sofre menos desgaste na mão esquerda, e pelo 4º dedo ser pouco utilizado, sofreria menos desgaste ainda.
No casamento judaico as alianças são utilizadas no dedo indicador
Tipos de alianças
Alianças de compromisso
Geralmente prateadas e feitas de prata, aço, tungstênio e titânio, as alianças de compromisso são muito utilizadas no Brasil, representam o comprometimento do casal e o quão sério é a relação de ambos.
Alianças de noivado
Até o século XII não existiam alianças de noivado, foi o Papa Inocente III que declarou que seria necessário um período de observância entre o pedido de casamento e a cerimônia matrimonial. O primeiro anel de noivado que se tem notícia foi a da Duquesa Mary de Burgundy em 147, presenteada por Maximiliano I (Rei da Alemanha).
No Brasil, diferente dos países europeus e EUA, utilizamos a mesma aliança para noivado e casamento, enquanto nas regiões citadas, presenteia-se a pretendida com um anel de diamantes para noivado, e uma aliança é dada ao final da cerimônia matrimonial. Todavia, uma nova tendência é a de dar uma aliança mais simples para noivado e uma outra mais trabalhada para o casamento. No geral, as alianças de noivado são em ouro amarelo, modelo tradicional com um ou mais diamantes. Designa-se à casais que pretendem selar o compromisso de casamento.
Alianças de casamento
Em ouro, titânio ou tungstênio, as alianças que simbolizam a união eterna entre duas pessoas deve ser usada no dedo anular da mão esquerda. Somente são trocadas quando completa-se as bodas de 25 anos (prata) e as demais bodas, mas pode-se também utilizar a mesma aliança em conjunto com uma outra que represente os anos de união.
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