Enquanto por aqui os poucos metrôs que temos costumam contemplar poucas partes da cidade, em mapas confusos e difíceis para a população, em outros lugares do mundo o metrô não só atende a cidade inteira, como seu funcionamento costuma ser tão intuitivo e funcional que qualquer um é capaz de usa-lo perfeitamente. Até mesmo um gato.
Pois é isso que vem acontecendo no Japão, país onde a autonomia dos animais impressiona, e já rendeu livros, lendas e filmes.
Desde 2013 que um gato tem sido visto pelo metrô de Tóquio, utilizando sempre a linha Seibu Ikebukuro, como se voltasse para casa diariamente do trabalho, feito um morador como qualquer outro.
É claro que pode não se tratar do mesmo felino em todos os registros, mas a aparência e a coincidência parecem precisas demais para serem mera coincidência.
E mais: a boa educação com que cumpre a etiqueta do metrô, ainda mais no Japão, tem feito com que as testemunhas garantem se tratar sim do mesmo animal. Sempre deixando o máximo de espaço nos bancos para outros passageiros, respeitando a preferência de idosos, grávidas e pessoas com necessidades especiais.
O gato nunca foi visto com um dono, e sempre parece saber quando entrar e quando descer do vagão.
Sem importunar ninguém e nem chamar atenção, o máximo a que se permite em sua elegante e polida fofura é um ou outro cochilo durante a viagem, como qualquer passageiro que se preze, depois de um longo dia de trabalho, sob o efeito do irresistível balanço do trem.
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