Existem filmes que mexem com a gente.
No universo do fetiche e do BDSM, temos desde clássicos mais indigestos, como “Calígula” e “Saló” – ambos revolucionários na forma de expor o sexo em toda a sua crueza até outros que trazem muita inspiração e boas ideias… Sempre de forma saudável e consensual, é claro.
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Direção: Jouni Hokkanen
Curta-metragem
Finlândia, 2010
Didático, fala sobre o Kinbaku, estilo japonês do bondage baseado no uso de padrões simples, mas visualmente intrincados, com vários pedaços de corda, geralmente cânhamo ou juta.
“Calígula”
Direção: Tinto Brass
Longa-metragem
Itália/EUA, 1979
Clássico com C maiúsculo, o filme gira em torno da ascensão e queda do imperador romano Gaius Caesar Germanicus, mais conhecido como Calígula.
“Cruising”
Direção: William Friedkin
Longa-metragem
EUA, 1980
Al Pacino vive um detetive que se infiltra na comunidade gay nova-iorquina para capturar um assassino serial de homossexuais. O diretor William Friedkin, no entanto, teve de excluir mais de 40 minutos das filmagens, que mostravam sexo intenso entre homens e referências explícitas à cultura leather.
“Secretária”
Direção: Steven Shainberg
EUA, 2003
Adaptado de um conto da escritora americana Mary Gaitskill, o filme conta a história de Lee Holloway (Maggie Gyllenhaal). Após receber alta em uma clínica psiquiátrica, ela volta para casa e sente que o convívio com sua família nada acolhedora voltará a lhe fazer mal. Lee começa então a trabalhar para Edward Grey (James Spader), um advogado pra lá de enigmático, que, sob o pretexto de puni-la por pequenos erros no trabalho, acaba por inseri-la em um mundo fascinante de castigos, punições... E paixão sadomasoquista. Em tempo: Maggie Gyllenhaal faturou diversos prêmios por sua brilhante (e realista) interpretação de secretária submissa.
“A História de O”
Direção: Just Jaeckin
França, 1975
Filme baseado em História de O (em francês: Histoire d’O), romance erótico escrito por Pauline Réage (na verdade, Anne Desclos, sob pseudônimo) e publicado na França, em 1954. Convencida pelo namorado a experimentar sessões de sadomasoquismo, “O” (Corinne Clery) é levada a um castelo em Paris, onde ele a obriga a se prostituir e a submete a uma série de flagelos físicos. Em dado momento, ele a dá de presente para um amigo, Sir Stephen, que a marca com ferro em brasa e assim consolida sua “escravidão”.
Embora seja um clássico do BDSM, “A História de O” foi duramente criticado por quem conhece bem a história literária que o inspirou. Isso porque o roteiro cinematográfico desvia-se barbaramente do original e concede a O um “final feliz”, que nada tem a ver com o mergulho psicológico da personagem traçada por Réage/Desclos. Ainda assim, é um filme para ser visto, com algumas cenas memoráveis e excelente atuação do elenco.
“Leather”
Direção: Patrick McGuinn
EUA, 2013
Quando o pai de Andrew (Andrew Glaszek) morre, ele viaja com seu namorado, Kyle, para as montanhas de Catskill, onde seu pai passou os últimos anos morando em uma cabana.
Lá, ele reencontra Birch (Chris Graham), seu amigo de infância, que era ajudante do pai de Andrew e faz pequenos trabalhos de artesanato em couro, além de pesca e carpintaria.
O triângulo que se forma é explosivo, para dizer o mínimo.
Via IG Delas
Por Heitor Werneck
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